Marcelo Rebelo de Sousa admite ter-se sentido "estupefacto" com as notícias que têm saído sobre a última reunião do Conselho de Estado.
As declarações surgem depois de esta quarta-feira, o primeiro-ministro ter garantido que “não há nenhum diferendo com o Presidente da República" e criticado alegadas quebras de confidencialidade nas reuniões do Conselho de Estado.
"Encontrei lá uma versão do silêncio do primeiro-ministro que foi desmentida", disse mais tarde o Presidente da República, aos jornalistas, sem querer entrar em comentários mais profundos.
"O primeiro-ministro, quando ficou silencioso, não foi por nenhuma querela com o Presidente da República", garantiu, ainda.
O chefe de Estado não quis comentar de forma mais profunda o tema, mas admite que " quem haja quem se sinta ofendido, porque aquilo que disse ou não disse foi mal interpretado".
"Em Democracia, quem se sente onfendido e sente que o que é publicado não corresponde à realidade, tem os mecanismos adequados para defender o seu ponto de vista", apontou.
Marcelo Rebelo de Sousa recordou ainda que a ata da reunião será aprovada apenas da próxima vez e que, até isso acontecer, "não há a verdade definitiva sobre o que se passou".
"Uma vez aprovada, as atas têm um dever de sigilo de três décadas", lembrou, também.