O Papa Francisco lamentou esta quinta-feira que as mulheres "continuem a sofrer muita violência, desigualdade e abusos", defendendo que "o caminho para sociedades melhores passa pela educação das raparigas".
As mulheres "têm uma inteligência e um coração que ama e une (...) mostrando humanidade quando é difícil para o ser humano encontrar-se", disse o pontífice durante uma audiência com participantes do Congresso Interuniversitário Internacional 'Mulheres na Igreja: arquitetas da humanidade", evento realizado na véspera do Dia Internacional da Mulher (08 de março).
Uma das maiores discriminações que as mulheres sofrem é, na opinião do Papa, em relação à sua formação, que, "em muitos contextos, é temida".
"No entanto, o caminho para [atingir] sociedades melhores passa precisamente pela educação das raparigas", defendeu.
Francisco destacou ainda que as mulheres têm "uma capacidade única de compaixão, com a sua intuição e a sua tendência natural para o cuidado".
"A nossa época está dilacerada pelo ódio; é uma época em que a humanidade precisa de se sentir amada, mas, em vez disso, é frequentemente marcada pela violência, pela guerra e por ideologias que sufocam os mais belos sentimentos do coração", afirmou.
E é precisamente neste contexto, frisou, "que a contribuição feminina é mais indispensável do que nunca: as mulheres, de facto, sabem unir-se com ternura".
O pontífice lembrou também que a Igreja "precisa delas" porque "é mulher: é filha, é mãe, é esposa".
Perante isto, Francisco pediu aos participantes do congresso para que "encontrem caminhos adequados para que a grandeza e o papel da mulher sejam mais valorizados".
O Dia Internacional da Mulher é comemorado, anualmente, a 8 de março. O dia é assinalado desde o início do século XX, embora com variações na data das celebrações.
Em 1975, a ONU começou a celebrar neste dia - 8 de março -, mas só a 16 de dezembro de 1977 é que a data viria a ser oficialmente reconhecida pela Assembleia-Geral das Nações Unidas.
Este ano, o tema escolhido para este Dia Internacional é "Investir nas mulheres: Acelerar o progresso", com o intuito de realçar a importância da igualdade de género, da capacitação das mulheres e raparigas, e dos seus direitos a vidas mais saudáveis.