Foram as primeiras críticas a fazer-se ouvir no congresso do PS. Ascenso Simões, antigo secretário de Estado de António Costa na Administração Interna e que chegou a ser seu diretor de campanha em 2015, foi à tribuna de Portimão indicar “dois problemas, duas caminhadas que não foram no sentido certo”.
Primeiro, o caminho sindical. “Podemos estar no governo e no partido sempre a dar a mão à CGTP, mas não podemos deixar de fazer o caminho permanente com a UGT porque é a UGT que nos representa no mundo sindical, porque o mundo sindical não pode regressar à unidade e porque temos de ter com esta central sindical o caminho que importa na concertação social”, afirmou Ascenso Simões.
As queixas de apoio à UGT e de privilégio da CGTP têm sido feitas por vários dirigentes sindicais, incluindo o líder da UGT, Carlos Silva.
Depois, o caminho presidencial. “O professor Marcelo Rebelo de Sousa não representa o nosso espaço político”, disse Ascenso, considerando que ofi um erro o PS não apresentar um candidato próprio a Presidente da República.
O antigo governante e dirigente socialista acusa Marcelo de não perceber bem os seus poderes, de fazer “atentados” ao poder autárquico e “não entender qual o seu papel na diplomacia e nas relações externas”.
Para Ascenso Simões é essencial que o PS saiba que partido é, que continue a ser o partidos dos trabalhadores e dos que querem subir na vida. “O PS não deve ser um partido vocacionado só para o poder, dever ser um partido de intervenção”, concluiu