O primeiro-ministro António Costa reagiu com "repúdio profundo" às imagens do caso de agressões alegadamente cometido por sete militares da GNR a imigrantes, em Odemira, denunciado esta quinta-feira pela CNN Portugal e pela TVI.
Os militares estão acusados de um total de 33 crimes, por humilharem e torturarem imigrantes.
"Eu não compreenderia que houvesse alguém que não tivesse repúdio perante essas imagens. Eu não as vi, mas só pela descrição, é suficiente", disse António Costa, em declarações à imprensa, em Bruxelas, depois da reunião do Conselho Europeu.
De resto, o chefe do Executivo não quis comentar o caso, mantendo a regra "de não comentar externamente, casos internos".
"Eu não vou falar sobre uma reportagem que não vi e tanto quanto percebi não acrescenta nada àquilo que está em âmbito de investigação criminal. E se está em investigação criminal, está em boas mãos", refere.
O primeiro-ministro indica ainda que, da parte da Inspeção-Geral da Administração Interna, "já foram aplicadas medidas disciplinares e, num dos casos, a pena máxima de expulsão".
O diretor executivo da Amnistia Internacional Portugal disse, à Renascença, estar "em profundo choque" com o caso de agressões alegadamente cometido por sete militares da GNR a imigrantes, em Odemira.