Luís Filipe Vieira assume, numa declaração publicada pelo jornal "Correio da Manhã", que não tem dinheiro para pagar a dívida de 160 milhões de euros ao Novo Banco. O antigo presidente do Benfica tem duas semanas para efetuar o pagamento, como "estava tratado", e revela que vai entregar, como contrapartida, as ações da Promovalor.
"Não tenho 160 milhões para pagar a dívida. Já está tudo tratado para se entregar as ações", diz Luís Filipe Vieira, arguido no processo Cartão Vermelho.
O ex-presidente do Benfica terá de devolver o montante em causa que havia recebido a título de empréstimo, através de uma emissão de VMOC (Valores Mobiliários Obrigatoriamente Convertíveis).
Caso o banco execute as VMOC, como Luís Filipe Vieira antevê, passará a deter mais de 96% do capital da Promovalor.
Luís Filipe Vieira foi um dos quatro detidos no início de julho numa investigação que envolve negócios e financiamentos superiores a 100 milhões de euros, com prejuízos para o Estado, SAD do Benfica e Novo Banco e está indiciado por abuso de confiança, burla qualificada, falsificação de documentos, branqueamento de capitais, fraude fiscal e abuso de informação.