O presidente do PSD, Rui Rio, escreveu esta segunda-feira, na rede social "Twitter" que os aumentos de 0,3% para os funcionários públicos não deviam acontecer tendo em conta o momento que o país atravessa, que decorre da pandemia global do Covid-19.
Os funcionários públicos, segundo noticia hoje o Público, começam esta segunda-feira a receber os salários de abril com os aumentos de 0,3% para a generalidade dos trabalhadores e de 10 euros para as remunerações inferiores a 700 euros, com retroactivos a Janeiro.
Rio até começa por dizer na publicação quue "bem sei que 0,3% é pouco". No entanto, pensa que "quando há trabalhadores em lay-off a receber só 2/3 do salário, outros atirados para o desemprego e as finanças públicas brutalmente pressionadas pelos gastos que estamos a ter de fazer, estes aumentos não podiam acontecer".
Segundo o mesmo jornal diário, nos níveis mais baixos as bases remuneratórias passam 635,07 euros para 645,07 euros e de 683,13 euros para 693,13 euros, correspondente a uma actualização de 1,5%.
Já os aumentos de 0,3% acima dos 700 euros resultam em subidas entre dois a três euros brutos para remunerações até ligeiramente acima de 1.000 euros.
Apenas a partir do 25.º nível remuneratório da tabela salarial, correspondente a 1.716,4 euros ilíquidos, o aumento é superior a cinco euros brutos.
Na sexta-feira, fonte oficial do Ministério da Administração Pública admitiu, no entanto, à Lusa que há serviços que poderão não conseguir pagar as actualizações ainda em Abril.
“As actualizações salariais já começaram a ser processadas em Abril, no entanto, esse pagamento dependerá da capacidade dos serviços e do momento em que estes processam os respectivos salários”, afirmou fonte oficial do Ministério da Modernização do Estado e da Administração Pública. “Em todo o caso, os aumentos serão retroactivos a Janeiro de 2020”, acrescentou.
Segundo o ministério, o impacto orçamental que decorre das valorizações salariais em 2020 é de 95 milhões de euros.