O social-democrata Paulo Rangel disse esta terça-feira que o Presidente da República fez o que devia fazer e já esclareceu tudo o que havia a esclarecer, no caso das gémeas tratadas no hospital de Santa Maria, com um medicamento caro.
"O Presidente da República, como nós deputados, ministros, recebemos cartas, pedidos, chamadas de atenção, recebeu essa" e "tratou-a como tratou todas as outras", salientou Paulo Rangel.
"Até avisou as pessoas em causa que seria extremamente difícil, alguma vez, verem a sua pretensão acolhida" e enviou a documentação "para o Governo, para o gabinete da Presidência do Conselho de Ministros, cujo responsável é António Costa e depois para a senhora ministra da Saúde, o secretário de Estado da Saúde e o Presidente do Conselho de Administração."
Ou seja, "o Presidente da República esclareceu tudo o que havia para esclarecer", defendeu o social-democrata.
Considerando que "os médicos é que decidem o que é que se vai fazer", Paulo Rangel defende que "temos que ver que médico é que prescreveu o medicamento, atuou sob ordens de quem", se "do Conselho de Administração, se foi o diretor clínico sob ordens da senhora Ministra da Saúde, isso é que temos de saber".
Sobre o esclarecimento de Marcelo Rebelo de Sousa, o social-democrata diz que foi "transparente" e "para lá do que era necessário."
Paulo Rangel disse que "não precisava que ele explicasse desta maneira as coisas."
Entretanto em resposta à Renascença, a Procuradoria Geral da República confirmou a receção da documentação enviada por Belém e que a mesma foi remetida ao DIAP Regional de Lisboa para ser junta ao inquérito que aí corre termos.