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Fernando Almeida, presidente do Conselho Diretivo do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA), explica que os testes rápidos ao coronavírus ainda não têm luz verde para ser utilizados em Portugal por serem incapazes de detetar o vírus em fases iniciais de contágio.
"Tem havido tentação de se avançar para testes rápidos. O Instituto Ricardo Jorge tem sido ponderado e aconselhado o Ministério da Saúde e DGS a usar os testes clássicos, em que identificamos claramente o gene e o vírus. Há outros três tipos de teste que nenhum teve o parecer positivo do INSA nem do Infarmed", começa por dizer o presidente do INSA, hoje presenta na conferência de imprensa diária de atualização de informação relativa à infeção pelo novo coronavírus
A incapacidade de detetar o vírus nos primeiros dias após contágio é o motivo para a não utilização dos testes.
"Temos de ser muito criteriosos na utilização destes testes porque só detetam os anticorpos entre sete a dez dias depois da infeção. Podem ser válidos para uma fase subsequente, que não vai demorar muito a chegar, para perceber o nível de imunidade da população portuguesa", explica.
Fernando Almeida diz que Portugal precisa de testes que sejam claros na deteção do vírus para se evitar falsos negativos. "Precisamos que os testes que digam negativo sejam mesmo negativos".