Veja também:
- Os últimos números da pandemia em Portugal e no mundo
- Todas as notícias sobre a pandemia de Covid-19
- Guias e explicadores: as suas dúvidas esclarecidas
- Boletins Covid-19: gráficos, balanços e outros números
O chef Ljubomir Stanisic foi transportado ao hospital ao fim de seis dias de greve de fome, em frente ao Parlamento, em protesto por mais apoios ao setor da restauração, avançou esta quarta-feira à noite a TVI.
O empresário e conhecida estrela da televisão sentiu-se mal e foi assistido no local por elementos do INEM, acabando por ser levado para um hospital.
Ljubomir Stanisic, um dos rostos do Movimento Sobreviver a Pão e Água, sentiu-se mal depois de um discurso. Os níveis de açúcar no sangue desceram e teve que ser hospitalizado.
O chef afirma que pretende retomar o protesto em frente à Assembleia da República, assim que tiver alta.
Vários elementos do Movimento Sobreviver a Pão e Água, que junta empresários e trabalhadores da restauração e similares, iniciaram na sexta-feira, 27 de novembro, uma greve de fome. Na ocasião pediram ao Presidente da República que “interceda urgentemente a favor do setor”.
Exigem ser recebidos pelo primeiro-ministro ou pelo ministro da Economia. Queixam-se das medidas contra a pandemia que estão a arruinar muitos restaurantes e o negócio da diversão noturna e pedem mais apoios por parte do Estado.
O primeiro-ministro afirmou esta quarta-feira que o Governo continua a dialogar com representantes dos setores da restauração e animação noturna. António Costa salientou medidas de apoio em curso e pediu o fim do "impasse" com empresários em greve de fome.
O chefe do Governo recusou a tese de que este protesto resulta da ausência de diálogo por parte do seu executivo. "Isso não corresponde à realidade, porque ainda no passado dia 18 houve uma reunião em que esteve o senhor José Gouveia", que é um dos principais representantes do chamado setor da noite - "e outra reunião já tinha acontecido em julho", declarou à RTP.
O Ministério da Economia garante, em comunicado, que “é falso que o Governo tenha recusado receber” os manifestantes do Movimento Sobreviver a Pão e Água.
“No dia 18 de novembro, o secretário de Estado do Comércio, Serviços e Defesa do Consumidor (SECSDC) e a secretária de Estado do Turismo reuniram com a Associação Nacional de Discotecas, que esteve representada pelos senhores José Gouveia e Alberto Cabral, duas das pessoas que se encontram atualmente em protesto em frente à Assembleia da República.”
“Já antes, no dia 4 de junho, o SECSDC tinha reunido com esses dois representantes do setor das discotecas, no quadro de uma reunião promovida pela AHRESP com empresas de animação noturna. Acresce que no dia 1 de dezembro, em email dirigido ao senhor José Gouveia, foi reiterada a disponibilidade do SECSDC para voltar a reunir já esta quinta-feira”, refere o gabinete do ministro Pedro Siza Vieira.
O Ministério da Economia garante que "é falso que os setores da restauração e da animação noturna não tenham quaisquer apoios a fundo perdido". No total, foram já disponibilizados 1.103 milhões de euros em apoios às empresas de restauração, dos quais 523 milhões de euros a fundo perdido, refere a nota.
"Só no âmbito do programa Apoiar.pt, estão disponíveis 200 milhões de euros a fundo perdido para este setor. A que acresce uma medida específica, dirigida exclusivamente aos restaurantes, de compensação das perdas de faturação ocorridas nos fins-de-semana com limitações ao seu horário de funcionamento, no valor total de 25 milhões de euros", esclarece a tutela.
No que diz respeito às discotecas que foram encerradas em março e não puderam voltar a abrir, adianta o Ministério da Economia, "beneficiam de uma isenção total de TSU no quadro do regime de lay-off simplificado e têm uma majoração de 50% no acesso aos apoios a fundo perdido do programa Apoiar.pt, para além de beneficiarem de uma moratória no pagamento de rendas até ao final do ano".