A Igreja mobiliza-se no apoio às populações sobretudo nas zonas mais afectadas pelos incêndios. Os bispos de Aveiro e Setúbal divulgaram mensagens em que sublinham o trabalho e coragem dos bombeiros e a necessidade de juntar esforços.
O bispo de Aveiro, D. António Moiteiro Ramos, expressa “solidariedade e uma palavra de esperança cristã aos que nestes momentos de angústia e de catástrofe vêem os seus bens devorados pelas chamas, para muitos o fruto do trabalho de toda uma vida”.
O bispo alerta também para a floresta, que é um importante capítulo da economia local, e para a desertificação que assola as localidades do interior. “Esse abandono, associado a certas condições atmosféricas ou a acções negligentes ou criminosas, são causas dos incêndios”, escreve o bispo de Aveiro.
A Igreja não é indiferente ao drama das populações e foram decididas diversas medidas, que passam pela deslocação de uma equipa (uma psicóloga e uma assistente social), o realojamento temporário para 20 pessoas, colaboração para a reconstrução das casas, donativos de roupas e alimentos e fornecimento de refeições.
Por seu lado, o bispo de Setúbal, D. José Ornelas Carvalho, pede “atitudes de comunhão e solidariedade porque há bens e, sobretudo vidas humanas, a lamentar por causa de incêndios que não são, em grande parte dos casos, uma inevitabilidade”.
O bispo de Setúbal junta-se ao esforço das outras dioceses para a recolha de donativos, especialmente nas missas do próximo fim-de-semana. D. José Ornelas Carvalho sublinha os testemunhos de coragem e abnegação dos nossos bombeiros, que têm sido uma lição sobre a importância da solidariedade que se sobrepõe a todas as forças adversas à vida humana e à civilização do amor e da paz que, nós cristãos, somos convidados a construir.