O porta-voz da polícia de Bruxelas-Ixelles, Ilse Van de Keere, disse que 44 pessoas foram detidas por diferentes razões, três polícias ficaram feridos e foram levados para hospitais e um deles terá de ser submetido a uma cirurgia.
Nos incidentes durante o protesto, que juntou cerca de 35.000 pessoas, também um manifestante ficou ferido e teve de ser levado para o hospital, de acordo com a imprensa local.
Os manifestantes causaram danos em viaturas policiais e em várias propriedades públicas e privadas, incluindo carros, montras e esplanadas de bares, entre outras.
A polícia está a analisar as imagens das câmaras de vigilância para tentar identificar os autores dos danos, enquanto o presidente da câmara de Bruxelas, Philippe Close, condenou “veementemente” os motins e anunciou no Twitter que deu instruções para que sejam “analisados os vídeos e feitas detenções”.
A polícia usou canhões de água e gás lacrimogéneo para dispersar alguns manifestantes, convocados para protestarem contra “as medidas restritivas da liberdade, que não constituem uma solução estrutural para a saúde”, refere um comunicado dos organizadores.
Com quase 10.300 novas infeções diárias em média na semana passada, a Bélgica voltou a registar uma taxa de propagação do vírus que não era atingida há um ano.
O país está ainda a enfrentar níveis de hospitalização de doentes de covid-19 que não registava desde maio, com mais de 2.000 pessoas internadas, incluindo mais de 25% em cuidados intensivos.
O aumento dos casos levou o Governo a endurecer algumas restrições para tentar travar a pandemia.
O teletrabalho, sempre que possível, passou a ser obrigatório quatro dias por semana pelo menos até 12 de dezembro e o Governo estendeu o uso obrigatório de máscaras a partir dos 10 anos.
Além disso, o Governo introduziu a obrigação de vacinar todos os profissionais de saúde do país.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) já manifestou grande preocupação com o aumento de casos de covid-19 na Europa e advertiu que cerca de 500 mil pessoas podem morrer até março de 2022 se não forem tomadas medidas urgentes.
A covid-19 provocou pelo menos 5.144.573 mortes em todo o mundo, entre mais de 256,54 milhões infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
A doença é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.