A Rússia e Arábia Saudita aceitaram congelar a produção de petróleo. O ministro do petróleo da Arábia Saudita, Ali al-Naimi, e o seu homólogo russo, Alexander Novak, reuniram-se em Doha, a capital do Qatar, esta terça-feira, para debater a questão do excesso de oferta no mercado.
O encontro terminou "com sucesso", disse o ministro da Energia do Qatar, citado pela Bloomberg.
A reunião não contou com a participação do Irão, o segundo maior produtor mundial. Mas os dois grandes produtores - Qatar e Venezuela - não estão sozinhos e também já aceitaram participar neste acordo, que visa manter a produção inalterada nos níveis de Janeiro.
Para quarta-feira já estão marcadas reuniões com representantes do Irão e também do Iraque, numa altura em que prosseguem ainda negociações com outros produtores.
Após o anúncio o preço do barril de petróleo segue a subir 2%.
A Arábia Saudita produziu 10,2 milhões de barris por dia, em Janeiro, de acordo com os dados fornecidos pelo país à OPEP e que estão em linha com as estimativas da Agência Internacional de Energia (AIE). A Rússia produziu quase 10,9 milhões de barris por dia, de acordo com dados oficiais, citados pela Bloomberg.
Em Janeiro, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) lançou um apelo para travar a queda do preço do petróleo. As previsões da OPEP apontam para que o preço do barril de petróleo comece a recuperar este ano e suba até aos 80 dólares em 2020 e os 160 dólares em 2040, depois da brutal queda de 2015 para os níveis mais baixos da última década.