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Os partidos congratulam-se com a descida da abstenção nas eleições legislativas deste domingo.
O PSD saudou a previsível redução da abstenção nas eleições legislativas de hoje e agradeceu o empenho dos portugueses que estiveram nas mesas de voto e asseguraram a normalidade do ato democrático.
Numa declaração aos jornalistas, no hotel onde decorre a noite eleitoral da coligação Aliança Democrática (AD), em Lisboa, a vice-presidente do PSD Margarida Balseiro Lopes comentou as projeções de abstenção, referindo que "se prevê que seja uma das mais baixas taxas de abstenção nos últimos anos".
O dirigente do PS Pedro Delgado Alves mostrou-se satisfeito com o aumento da participação nas legislativas, após uma campanha “participada e mobilizadora”, considerando que demonstra que os portugueses veem o voto como “a arma principal das decisões”.
Para o dirigente do PS, essa taxa “demonstra que os portugueses, no fim de uma campanha eleitoral participada, mobilizadora, responderam e estiveram hoje nas urnas, expressando o seu sentido de voto, expressando a vontade para os próximos quatro anos”.
Rui Paulo Sousa, dirigente do Chega, reagiu aos valores da abstenção, e mostrou-se extremamente satisfeito pela adesão às eleições. “Estamos bastante satisfeitos com estes resultados que ainda não estão fechados, estamos a falar de uma projeção e esperamos que ainda aumentem até ao fecho das urnas”, acrescentou.
Rui Paulo Sousa considerou que se vive “uma altura que preocupa muito os portugueses que sentiram que era o seu dever votar”.
A Coligação Democrática Unitária (CDU, que junta PCP e PEV) salientou hoje a participação dos portugueses nas eleições legislativas, valorizando as projeções da afluência às urnas como um “sinal de vitalidade” da democracia.
“Em primeiro lugar, para valorizar a participação dos eleitores neste importante momento da nossa vida democrática, dando assim expressão concreta aos valores de Abril, o que é tanto mais significativo no ano em que comemoramos os 50 anos do 25 de Abril”, afirmou Manuel Rodrigues, membro da comissão política do Comité Central do PCP.
O diretor de campanha do BE Adriano Campos saudou os dados que indicam uma maior participação nestas eleições, dizendo aguardar com serenidade por aquilo que possa "ser uma noite boa e com esperança à esquerda”.
“É sempre positivo quando temos mais pessoas a votar e a responder ao apelo destas eleições”, começou por referir, destacando que os dados indicam que há “mais pessoas a votar em praticamente em todos o país”.
O cabeça-de-lista do Livre por Setúbal saudou a baixa da abstenção prevista nas legislativas de hoje, que deverá ficar situada entre os 32% e os 46,5%, considerando que dará “mais legitimidade ao próximo parlamento e Governo”.
“Consideramos que a abstenção baixar e haver uma maior participação é um dado positivo, significa que os portugueses se mobilizaram para estas eleições que são eleições importantes para definir os próximos anos e isso é sempre positivo, dá mais legitimidade ao próximo parlamento e ao próximo Governo”, defendeu Paulo Muacho.
O candidato do PAN pelo círculo da Europa Paulo Vieira de Castro disse hoje que o partido está “extremamente feliz” com a projeção que indica uma previsão de abstenção nas eleições entre os 32% e os 46,5%.
“Falamos ainda de uma projeção, mas uma participação bastante elevada dos portugueses neste em que fazemos 50 anos de democracia, das vitórias de Abril. É muito bom sabermos que os portugueses se mobilizaram para irem às urnas”, realçou.
As sondagens à boca das urnas mostram uma abstenção abaixo dos 42% que se verificaram nas últimas eleições legislativas.
Nestas legislativas, a projeção da RTP/Católica aponta para uma abstenção entre 32% a 38%, tendo por base os dados de participação que a CNE foi partilhando ao longo do dia.
A sondagem do ISCTE para a SIC aponta para uma projeção de 35,5% a 40% e a da Pitagórica para a CNN, por sua vez, aponta para 40,5 a 46,5%.
A projeção de abstenção da Intercampus para a CMTV está entre os 39,5% e 42,5%.
Os primeiros dados dão uma discrepância muito grande. Contudo, segundo estes números, a abstenção baixa face a 2022 e 2019.
As mesas de voto para as eleições legislativas abriram hoje às 08h00 em Portugal Continental e na Madeira, encerrando às 19h00.
Segundo a Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna (SGMAI), podem votar 10,8 milhões de eleitores. No total, serão eleitos 230 deputados, em 22 círculos eleitorais – 18 dos quais em Portugal continental e os restantes nos Açores, na Madeira, na Europa e fora da Europa.
Nestas legislativas antecipadas, concorreram 18 forças políticas, menos três do que nas eleições de 2019 e 2022.
Nas anteriores legislativas, a 30 de janeiro de 2022, a taxa de abstenção situou-se nos 48,54%, tendo-se verificado uma descida em relação às legislativas de 2019, nas quais a taxa de abstenção atingiu o número recorde de 51,43%.