Ucrânia. Tropas russas “deixaram minas por toda a parte”
12-04-2022 - 07:38
 • Olímpia Mairos , com agências

O Presidente ucraniano alerta para um possível ataque com armas químicas.

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O presidente ucraniano acusa a Rússia de ter deixado minas espalhadas por todo o lado e avisa que Moscovo está a preparar “uma nova fase de terror”, aludindo à intensificação dos combates pelo domínio do Donbass.

Volodymyr Zelenskiy, num discurso no Facebook, afirma que Moscovo está cada vez mais isolado pela comunidade internacional e a “invasão torna [a Rússia] cada vez mais tóxica a cada dia”.

Alerta para as “dezenas ou centenas de milhar” de munições perigosas que foram deixadas para trás aquando da retirada das áreas ocupadas. “Os ocupantes deixaram minas por toda a parte. Nas casas que eles apreenderam, nas ruas, nos campos. Eles minaram a propriedade das pessoas, minaram carros, portas”, acusou.

Segundo o chefe de Estado, tudo foi feito conscientemente para tornar o regresso dos cidadãos ucranianas às áreas ocupadas “o mais perigoso possível”.


Zelensky, citado pela agência Reuters, alerta que a Rússia pode estar a planear usar armas químicas na Ucrânia.

"Os ocupantes emitiram uma nova declaração, que testemunha a preparação deles para uma nova fase de terror contra a Ucrânia e os nossos defensores. Um dos porta-vozes dos ocupantes afirmou que eles poderiam usar armas químicas contra os defensores de Mariupol. Levamos isso o mais a sério possível", afirmou.

“A tarefa chave hoje, e todos os dias, são as medidas defensivas concretas”, disse o Presidente aos cidadãos ucranianos, acrescentando que o seu Governo está a aumentar a capacidade de repelir quaisquer ataques das tropas russas.

“Lido com esta questão quase 24 horas por dia”, sublinhou.

Segundo Zelenskiy, as tropas ucranianas são “mais corajosas” do que as forças russas, e “estão a bater os ocupantes com sabedoria e táticas bem pensadas”, mas reforça que a Ucrânia continua a depender dos seus parceiros internacionais para armas, e não tem o equipamento de que precisa “em particular, para desbloquear Mariupol”.