Nuno Silvério Marques confirmou a Bola Branca a demissão em bloco do Conselho Fiscal e Disciplinar do Sporting, esta quinta-feira. Aliás, o dirigente assegurou que por solidariedade institucional comunicou esta tomada de decisão a Bruno de Carvalho, por mensagem, uma vez que o contato entre ambos já não acontecia desde o passado mês de abril.
Silvério Marques fala de uma situação que "tomou proporções inacreditáveis" e acrescenta que "o clube precisa de mudar". Nesse sentido, entende ser altura para "consultar os sócios e definir o que fazer nos próximos tempos". Algo que só sucederá se os "órgãos sociais puserem os seus lugares à disposição".
O dirigente demissionário esclareceu, ainda, os motivos pelos quais esta decisão só surge agora e não após a derrota em Madrid e as críticas de Bruno de Carvalho à equipa de futebol.
"O Sporting estava envolvido em muitas competições.
Estou a falar de futebol, a principal bandeira do clube, o que move as pessoas,
que ainda tinha muita coisa pela frente. Pareceu-nos que qualquer atitude do
Conselho Fiscal iria ser mais prejudicial aos interesses do Sporting do que o
contrário. Nos últimos dias esta situação tornou-se insuportável. Não nos
restou outra alternativa que não por os lugares à disposição dos sócios", apontou.
O presidente do Conselho Fiscal e Disciplinar tem dificuldade em "perspetivar o futuro porque a cada dia que passa aparecem notícias novas".
"Infelizmente, são noticias negativas. A nossa esperança e expetativa é que se possa voltar a dar a voz aos sócios, de uma forma tranquila e que eles se possam manifestar em assembleias gerais. Tem de ser uma coisa aberta e tranquila em que as pessoas posam manifestar-se a sua opinião, perguntando-lhes se querem continuar com esta direção, ou não", revela.
Num apelo aos membros do Conselho Diretivo, Silvério Marques fala de "outras pessoas, que pensam pelas suas cabeças e poderão, elas próprias, fazer as suas avaliações sobre se o Sporting tem condições para se manter nesta espiral de destruição".