O Governo está optimista na preparação do Programa de Estabilidade que vai ser aprovado em Conselho de Ministros na quinta-feira e mesmo na reacção de Bruxelas ao documento.
Ao que a Renascença apurou, nas reuniões que decorreram com o Bloco de Esquerda e o PCP, o ministro das Finanças traçou, com base em dados ainda parciais, um cenário de melhoria da actividade económica.
O documento ainda está a ser fechado, mas o Governo está confiante quanto às previsões e pressupostos para o Programa de Estabilidade. De acordo com uma fonte parlamentar próxima das negociações, Mário Centeno deu conta de uma execução orçamental a correr melhor do que o previsto, com o défice sob controlo.
As contas de Março só serão conhecidas na próxima terça-feira, mas os dados parciais apontam para um bom desempenho das finanças do Estado.
A economia mostra sinais de recuperação, com o ministro das Finanças a dar o exemplo do aumento do consumo de energia, um indicador que reflecte a produção industrial.
O Programa de Estabilidade não deverá trazer alterações de fundo nas previsões do cenário macroeconómico, mantendo um crescimento de 1,8% e não prevê subidas nos impostos, o que é algo que o primeiro-ministro também já excluiu.
Segundo a mesma fonte, a Comissão Europeia estará agora a aceitar a política económica definida pelo Governo, apostado na devolução de rendimentos e contrariando o relatório conhecido esta semana em que Bruxelas questiona a reversão de medidas tomadas pelo anterior executivo ou o aumento do salário mínimo nacional.