O ministro da Administração Interna garante que, na próxima semana, se vai reunir com a ANA - Aeroportos para discutir as novas condições físicas em que o SEF e a PSP vão atuar no futuro.
Os inspetores do Serviço e Estrangeiros e Fronteiras (SEF) admitem todas as formas de luta para melhorar as condições de trabalho no Aeroporto de Lisboa. Queixam-se de áreas de trabalho bastante reduzidas e casas de banho em condições degradantes.
Confrontado com estas queixas, o ministro Eduardo Cabrita revela que “na preparação do alargamento do Aeroporto de Lisboa…novas condições para o SEF e para a PSP estão a ser consideradas”.
O ministro reconhece que o SEF tem vindo a trabalhar em “condições complexas”, sendo importante conciliar dois aspetos: “o sucesso no turismo, que é um dos motores da nossa economia, e garantir que Portugal continua a ser um dos países mais seguros do mundo”.
O presidente da ANA - Aeroportos garante que neste momento “têm todas as condições”, mas continuam a trabalhar. Segundo José Luis Arnaut, a empresa já investiu mais de um milhão de euros na melhoria das condições de trabalho dos inspetores.
Nestas declarações afirma não estar disponível para guerras entre sindicatos. “O nosso diálogo é com a direção nacional do SEF”, garante.
O Sindicato dos Inspetores do SEF considera que a ANA – Aeroportos “está mais preocupada com os lucros do que em garantir condições de trabalho dignas aos trabalhadores do SEF”.
“Neste momento, temos áreas diminutas, nas áreas de refeição coexistem o lixo ao lado das mesas, temos salas de entrevistas minúsculas, as casas de banho são degradantes. Nós vivemos uma situação que não é admissível no século XXI”, descreveu o sindicalista Acácio Pereira.