Os que vão falam de um sentimento de "dever cumprido", uma sensação que "só quem vai é que consegue perceber".
A jornada que dizem ser inexplicável já vai a meio para muitos. Aproxima-se o 13 de maio e são muitos os peregrinos que estão na estrada a caminho de Fátima.
Nos Carvalhos, em Vila Nova de Gaia, há um centro de apoio que já recebeu dezenas de peregrinos. E é precisamente para descansarem, que vários pontos do país estão preparados para os receber.
"Para além dos banhos, fazemos massagens e tratamentos. Estamos abertos para o que eles precisarem", conta à Renascença o chefe Raul Guedes. "O que eles querem mais é tomar banho, dizem que ficam mais relaxados", reforça.
Cristina é do Porto, e faz a peregrinação até Fátima pelo segundo ano consecutivo. Assume que o cansaço é a maior dificuldade, mas a sensação de dever cumprido, à chegada, compnesa tudo: "É uma sensação de superação, é indescritivel. É a sensação de que conseguimos, de dever cumprido.
Há quem opte por fazer o caminho sozinho, mas são mais os que preferem partilhar a experiência. A Renascença encontrou um grupo de Vila Verde que, apesar dos mais de 90 quilómetros percorridos, ainda não se deixou vencer pelo cansaço. A boa disposição permanece e há até quem diga até que esta é a única semana do ano em que consegue dormir, porque se tenta "esquecer os problemas".
"Além da fé, também a experiência e a motivação extra que dá para o resto do ano", diz uma das fiéis.
"A convivência com as pessoas pelo caminho e a partilha de coisas que muita gente não imagina são momentos únicos."