Roger Schmidt não esconde a insatisfação pela eliminação precoce da Liga dos Campeões e, agora, estabelece como objetivo o apuramento para a Liga Europa. Para isso, é preciso fazer o que o Benfica ainda não conseguiu na era do treinador alemão: ganhar ao Inter de Milão.
O saldo de Schmidt frente ao Inter, ao serviço do Benfica, é negativo: duas derrotas e um empate, nos quartos de final da Champions da temporada passada e na segunda jornada da fase de grupos da atual.
"O jogo de amanhã [quarta-feira] é diferente, é no nosso estádio e mais uma oportunidade de jogar contra eles. Já jogámos com eles três vezes e temos de aprender desses jogos para melhorar e para vencer. É complicado jogar com o Inter, isso é claro. É difícil marcar-lhes golos, são muito compactos. Jogam com uma linha de cinco jogadores muito capazes defensivamente. Temos de lutar para vencer", sublinha, esta terça-feira, na conferência de imprensa de antevisão da receção aos italianos, da quinta e penúltima jornada do grupo D.
"Os quatro jogos anteriores [da fase de grupos] são história", vinca ainda Schmidt, que aponta a mira à Liga Europa, agora que os oitavos de final da Liga dos Campeões são uma impossibilidade matemática:
"A nossa entrada na Liga dos Campeões foi muito complicada. Mas ao mais alto nível pequenos erros são decisivos e, ao fim de quatro jogos, podes ver-te uma situação como aquela em que estamos agora. É muito claro que agora queremos qualificar-nos para a Liga Europa. Se não podemos jogar a Champions, queremos a segunda melhor opção."
Milaneses ainda lutam por objetivos
O Inter tem o apuramento para os "oitavos" garantido, ainda que a liderança do grupo esteja ainda em aberto: os italianos estão empatados com a Real Sociedad, com dez pontos, e Schmidt não espera facilidades, porque "é uma grande diferença ser primeiro ou segundo no grupo".
"Eles ainda lutam por objetivos, mas vamos focar-nos em nós. Não estamos satisfeitos. É uma oportunidade de vencer um grande jogo, contra uma das melhores equipas da Europa e que pode ir longe na competição. É uma boa oportunidade para nós continuarmos o que fizemos nos últimos dois jogos. Fizemos um bom jogo em casa frente ao Sporting e um grande jogo com o Famalicão. Estamos confiantes e queremos dar mais um passo, jogar bem e tentar ganhar", frisa.
Morato a lateral-esquerdo agradou
Nos últimos dois jogos, o Benfica jogou com Fredrik Aursnes a lateral-direito, Morato à esquerda e um meio-campo formado por Florentino e João Neves. Roger Schmidt deixa entender que é para manter.
"Florentino e João Neves porque estiveram muito bem e, além disso, gostei de como Morato jogou como lateral. Esta formação deu-nos estabilidade em jogos difíceis e, na minha opinião, o comportamento tático da equipa foi bom. Temos de continuar", assinala.
O Benfica, ainda sem pontos na Champions, recebe o Inter de Milão na quarta-feira, às 20h00. Encontro com relato, em direto do Estádio da Luz, e acompanhamento ao minuto no site da Renascença, em rr.pt.