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A Grã-Bretanha tornou-se, nesta quarta-feira, no primeiro país do mundo a aprovar a vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford e a farmacêutica AstraZeneca contra o novo coronavírus.
"O Governo aceitou hoje a recomendação da Agência Reguladora de Medicamentos e Produtos de Saúde (MHRA) para autorizar o uso da vacina COVID-19 da Universidade de Oxford/AstraZeneca", anunciou o Ministério da Saúde.
A vacina foi autorizada para uso de emergência e a autorização foi dada a um regime de duas doses. O Reino Unido já encomendou 100 milhões de doses, o que permitirá vacinar 50 milhões de cidadãos.
Segundo o diretor executivo da AstraZeneca, a vacinação deverá começar no início do próximo ano. Até ao final de março, o laboratório britânico conta estar a “distribuir milhões de doses”.
O primeiro-ministro britânico, Boris Jonhson, já reagiu, dizendo que é uma notícia “verdadeiramente fantástica”, reveladora do “triunfo da ciência britânica”.
“Vamos agora preparar-nos para vacinar o maior número de pessoas e o mais rapidamente possível”, avança.
Na segunda-feira, a AstraZeneca anunciou ter encontrado “a fórmula vencedora” para a sua vacina. “Acreditamos que encontrámos a fórmula vencedora e como alcançar uma eficácia que, com duas doses, é tão elevada como as outras vacinas”, avançou ao “Sunday Times” o diretor executivo.
Segundo Pascal Soriot, a vacina garante uma “proteção a 100%” contra as formas mais graves da doença, mas não deu mais explicações, deixando-as para mais tarde.
Nesta quarta-feira, um dos médicos envolvidos no desenvolvimento desta vacina veio dizer que uma dose tem perto de 70% de eficácia depois de 21 dias de inocuação, antes da administração da segunda dose.
“Os dados que nos deram – e que não estou certo de que sejam do domínio público – calculam a eficácia da vacina entre o 22.º dia da primeira dose e a altura em que é dada a segunda dose e o número é cerca de 70%”, afirma Wei Shen Lim, president do Comité Conjunto para a Vacinação e Imunização Covid-19.
O Reino Unido foi o primeiro país europeu a iniciar a vacinação contra a Covid-19, usando a vacina desenvolvida pea Pfizer/BioNTech, que revelou uma eficiência de 95%.
Mas o país enfrenta agora uma nova variante do vírus, que se está a revelar muito mais contagiosa. A AstraZeneca e outros laboratórios já anunciaram estar a investigar a eficácia da sua vacina contra esta nova estirpe.
A pandemia causada pelo novo coronavírus começou há um ano, em Wuhan (China), e já matou 1,7 milhões de pessoas em todo o mundo, provocando também o caos na economia global.
Na terça-feira, o Reino unido bateu mais um recorde de infeções diárias, com mais de 53 mil novos casos.