​As belas lições do ciclismo
25-07-2022 - 06:50

Momentos mostraram que o ciclismo é, no plano desportivo, a maior fonte de fair-play, ética, companheirismo, seriedade e humanidade.

Quem teve o prazer de assistir diariamente ao desenrolar da mais importante competição do ciclismo mundial, a Volta à França em Bicicleta, pode assistir a momentos inesquecíveis no decorrer das mais variadas etapas do Tour.

Esses momentos mostraram, mais uma vez, urbi et orbi, que o ciclismo é, no plano desportivo, a maior fonte de fair-play, ética, companheirismo, seriedade e humanidade.

Nenhuma outra modalidade nos proporciona com a mesma constância do ciclismo imagens que traduzem todas aquelas virtudes que antes mencionámos, e às quais outras se poderão juntar sem receio de desmentido.

É tudo perfeito nesta modalidade? Claro que não é. Há, sobretudo, um problema que é de sempre, e que tem lançado sobre a modalidade as mais terríveis sombras, que tantas vezes a tem descredibilizado e lançado na lama. Trata-se desse flagelo universal, o doping, que há-de, infelizmente, continuar a dar origem às mais lamentáveis páginas do desporto mundial.

No Tour francês, que ontem terminou em Paris, com deslumbrantes imagens da etapa final que, como sempre, terminou nos Campos Elísios com a vitória do dinamarquês Jonas.

Venceu Vingegaard, de 25 anos de idade, adepto do Liverpool que em tempos trabalhou numa fábrica de peixe.

Van Aert, belga, que ganhou o prémio da combatividade, ficou entretanto com a marca mais impressiva da grande corrida francesa.

Mas ficaram especialmente na retina momentos em que o fair-play e a ética se tornaram nas notas mais destacadas de várias etapas, e protagonizadas pelos ciclistas mais importantes que acabaram também por se destacar pelas suas vitórias.

Há muitos adeptos que não têm dúvidas de que os exemplos que nos chegam dos protagonistas das corridas de bicicleta deveriam fazer escola noutras modalidades.

Trata-se, porém, apenas e só, de um desejo que, infelizmente, nunca virá a ter concretização.