"O número de mortos no massacre na rotunda Kuwait junto ao Complexo Médico Al Shifa aumentou para 20 e 155 feridos", indicou, em comunicado, o Ministério da Saúde na Faixa de Gaza, controlado pelo movimento islamita palestiniano Hamas.
Inicialmente, o Ministério tinha registado 14 mortos naquele local, designado para a entrega de ajuda humanitária da ONU destinada ao norte da Faixa de Gaza e sujeita à aprovação das autoridades israelitas.
"Aviões de combate e drones israelitas lançaram rajadas de tiros e mísseis contra uma multidão de pessoas que esperava pela entrega de alimentos e fornecimento de ajuda humanitária", disse a agência de notícias palestiniana Wafa.
As Forças de Defesa de Israel negaram já o ataque.
"Relatos da imprensa de acordo com os quais as forças israelitas atacaram dezenas de habitantes de Gaza num ponto de distribuição de ajuda são erróneos", disseram, em comunicado.
O exército israelita garantiu que estava "a analisar o incidente de forma séria", mas não avançou qualquer explicação, acrescentou.
O Ministério afirmou que as autoridades estão ainda a recolher corpos e retirar feridos do local, pelo que o número de vítimas pode aumentar nas próximas horas.
Na tarde de quarta-feira, oito civis palestinianos morreram num ataque aéreo israelita a um armazém de distribuição de ajuda no campo de refugiados de Nuseirat, no centro da Faixa de Gaza, disse a Wafa.
Horas antes, pelo menos seis habitantes de Gaza foram mortos e 83 feridos ficaram depois de um ataque israelita contra a mesma rotunda.
Na quarta-feira, cinco pessoas morreram, na sequência de um ataque aéreo contra um centro de distribuição de ajuda da agência da ONU para os refugiados palestinianos em Rafah.
Na altura, o exército israelita anunciou ter "eliminado um terrorista" do Hamas neste ataque.
Em 29 de fevereiro - no que ficou conhecido como o "Massacre da Farinha" - 118 habitantes de Gaza morreram, depois de soldados israelitas terem disparado contra uma multidão em busca de comida.