Lisboa vai receber a atuação, mas é no Porto que decorrem os ensaios da orquestra Symphonic_15. São mais de meia centena músicos a integrar o projeto do maestro Rui Massena, que interpreta êxitos musicais de vários artistas. Tudo isto por um motivo: celebrar os 15 anos do Rock in Rio.
Um grupo jovem que compreende bem a dinâmica dos festivais, foi este o critério de seleção que levou Rui Massena a reunir uma equipa de artistas de estilos distintos. Do clássico, à eletrónica, o desafio é quebrar o conceito de orquestra tradicional e tocar temas familiares a todo o público.
"O interesse do projeto é mesmo esse. Trazer as canções pop e rock para um universo de orquestra. As pessoas vão poder imaginar os hits que conhecem”, afirma o criador do projeto.
Ana Raquel tem formação clássica e toca viola de cordas. Já Luís Ribeiro e Bernardo Fesh vêm da música eletrónica. Os três músicos integram a orquestra de Rui Massena e partilham da mesma opinião: não é fácil a adaptação de estilos diferentes, mas é esse misto de influências que torna o espetáculo tão especial e único.
“É um encontro inaudito, mas ótimo”, confessa o baixista Luís Ribeiro.
A equipa, na sua totalidade, ensaia durante a manhã na Casa da Música, por isso, a organização do tempo é fundamental. Na sala vive-se um ambiente de entusiasmo, mas também de alguma tensão por parte dos jovens artistas. Afinal, tudo tem que estar em perfeita sintonia e união.
“É um projeto inovador, nunca feito desta forma em Portugal, no entanto, a preparação é difícil porque é necessário consolidar as canções e todo o espetáculo”, explica o maestro.
Rolling Stones, Queen e Ed Sheeran são apenas alguns exemplos de artistas internacionais que integram o repertório musical do concerto.
A lista de canções foi selecionada pela orquestra juntamente com a direção do evento e posteriormente adaptada em novas abordagens. O público vai conseguir reconhecer cada música, sem que seja necessário haver cantores por trás das mesmas.
“De repente, a plateia ouve uma melodia que conhece completamente transformada, com uma arpa lá no meio, por exemplo.”
Para além de sonoro, o espetáculo conta ainda com uma forte componente visual através de vídeo mapping e um show de fogo de artifício. Sobe também ao palco a brasileira Ivete Sangalo, presença habitual no Parque da Bela vista, bem como a banda britânica James.
O concerto ao vivo estreia-se num palco em forma de guitarra vermelha, nos dias 6,7 e 8 de setembro, em Lisboa. A entrada é gratuita.