A União Europeia não tem capacidade de recolher impostos porque não tem uma autoridade tributária comum. Quanto muito, poderá falar-se de um aumento das receitas através da cobrança de algumas taxas país a país, para que o Orçamento Comunitário não se ressinta muito com a saída do Reino Unido (Brexit) e para evitar que os fundos comunitários sofram um rombo.
As possíveis taxas em causa são três: uma sobre grandes transações financeiras internacionais; outra sobre plataformas transnacionais do setor digital (por exemplo, sobre a Google ou outros gigantes); ou uma taxa relativa ao comércio das licenças de emissão de poluentes.
PSD e PS concordam nestas três taxas. CDS e PCP estão contra, embora por razões diferentes.
Já o Bloco de Esquerda é parcialmente a favor, como deixou claro a candidata Marisa Matias na recente entrevista concedida à Renascença a propósito das eleições europeias. Concretamente, o Bloco não concorda com a taxa das emissões poluentes, por achar que se deve “olhar de uma forma mais séria para as alterações climáticas”.
Desemprego em mínimos históricos
A semana fica marcada pela divulgação das previsões económicas da Primavera, com a economia europeia a continuar a expandir-se pelo sétimo ano consecutivo.
Bruxelas prevê, ainda, que o PIB real cresça em todos os Estados-membros. Nesta altura, o abrandamento do crescimento e do comércio mundiais, a juntar à grande incerteza quanto às políticas comerciais, está a pesar sobre as perspetivas de crescimento do Produto Interno Bruto, quer para este, quer para o próximo ano.
No que toca ao emprego, o número de europeus a trabalhar é o mais elevado de sempre e espera-se que o crescimento do emprego continue, embora a um ritmo mais lento. Uma realidade que, em conjunto com o aumento dos salários, uma inflação moderada, condições de financiamento favoráveis e medidas de apoio orçamentais nalguns Estados-membros, deverá permitir que se mantenha a procura interna.
No total, prevê-se que o PIB cresça 1,4% na UE este ano e 1,2% na Zona Euro. O crescimento do PIB no próximo ano deverá aumentar ligeiramente para 1,6% na UE e 1,5% na zona euro.
Inflação continua moderada
As previsões da inflação na UE apontam uma redução para 1,6% em 2019 e um aumento para 1,7% em 2020. Já a dívida pública deverá, pelas contas de Bruxelas, continuar a diminuir, embora a um ritmo mais lento.
Este conteúdo é feito no âmbito da parceria Renascença/Euranet Plus – Rede Europeia de Rádios. Veja todos os conteúdos Renascença/Euranet Plus