O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, transmitiu nesta noite de terça-feira solidariedade e preocupação à sua homóloga grega, devido aos incêndios que assolam a Grécia, perto da capital Atenas.
"O Presidente da República falou esta noite com a Presidente da República Helénica, para transmitir a solidariedade e preocupação de Portugal relativamente aos incêndios que assolam a Grécia e mesmo junto à capital Atenas", pode ler-se numa nota publicada no site da Presidência.
De acordo com a nota, a Presidente Katerina Sakellaropoulou informou Marcelo Rebelo de Sousa sobre a difícil situação vivida no país e agradeceu as suas "palavras amigas".
A Grécia está a enfrentar a maior vaga de calor nos últimos 30 anos, com temperaturas superiores a 40 graus Celsius, o que está a potenciar o risco de incêndio.
Segundo o relato das agências internacionais, as chamas deste incêndio destruíram várias casas e um acampamento, tendo chegado à praça principal de Varympompi, um dos subúrbios a norte de Atenas.
Os média gregos informaram que as chamas estão perto de uma base aérea e de um mosteiro.
Até ao momento, não existem informações sobre vítimas, mas a comunicação social grega está a dar conta que a polícia está a receber várias chamadas de pessoas que não conseguem sair de prédios e de vários agentes e bombeiros que ficaram presos nas chamas enquanto prestavam auxílio às populações.
"É um grande incêndio e será necessário muito trabalho para controlar isto", afirmou, em declarações à televisão estatal ERT, o governador da área metropolitana de Atenas, George Patoulis.
"A vegetação é muito densa nestas áreas e está muito seca devido à onda de calor, por isso as condições são difíceis", reforçou o representante, a propósito deste incêndio que está a deixar a capital grega coberta por uma enorme nuvem de fumo.
Devido a este incêndio, as autoridades helénicas decidiram cortar uma parte da autoestrada principal que liga a capital grega ao norte e ao sul do país, bem como várias ligações ferroviárias que ligam Atenas com o norte do país foram suspensas.
A companhia de distribuição de eletricidade grega, ADMIE, alertou, entretanto, para a possibilidade de existiram cortes de energia na área, uma vez que algumas infraestruturas foram atingidas pelas chamas.
O incêndio deflagrou ao fim da manhã na zona de Tatoi, área onde ficava a residência de verão da antiga família real grega.
À medida que as chamas se aproximavam de zonas residenciais, a Proteção Civil grega começou a enviar alertas às populações via telemóvel para saíram da área.
Cerca de 80 crianças que estavam num acampamento tiveram de ser retiradas do local.
O primeiro-ministro grego, Kyriakos Mitsotakis, visitou durante a tarde desta terça-feira o centro de coordenação da brigada contra incêndios para supervisionar e acompanhar as operações de combate.
A combater este incêndio estão no terreno cerca de 350 bombeiros, que estão apoiados por 70 veículos e dez meios aéreos (cinco helicópteros e cinco hidroaviões), bem como por voluntários.
Outros focos de incêndio estão a afetar outras áreas do país, como é o caso da ilha de Eubeia, onde duas aldeias e vários acampamentos de verão foram evacuados, e da ilha de Kos, onde um fogo ameaça uma área natural protegida e o santuário de Asklepieion, o local arqueológico mais importante da ilha.