Os Estados Unidos da América (EUA) estão a investigar os norte-americanos que trabalharam com as televisões estatais russas. Segundo o "The New York Times", que avançou a notícia, a investigação abrange um conselheiro da primeira campanha presidencial de Donald Trump.

A investigação, liderada pelo Departamento de Justiça, já levou agentes do FBI (a polícia federal dos EUA) a realizar buscas nas casas de Dimitri K. Simes, conselheiro da campanha Trump na eleição de 2016, e Scott Ritter, ex-inspetor de armas das Nações Unidas e crítico da política externa norte-americana. Nenhum dos dois foi acusado.

A investigação e buscas surgem depois de a administração Biden divulgar, em julho, informações que as televisões estatais da Rússia, incluindo o canal "RT", estão a trabalhar com as agências de informação do país para influenciar eleições em todo o mundo.

Numa atualização sobre a segurança das eleições, a 29 de julho, o gabinete do Diretor Nacional de Informações avisou que a Rússia estava a explorar "americanos conscientes e inconscientes" para criar e disseminar narrativas favoráveis ao governo de Vladimir Putin.

"Moscovo continua a usar um conjunto estável de táticas e atores de influência e está a trabalhar para esconder melhor a sua mão, melhorar o alcance, e criar conteúdo que tem mais impacto nas audiências norte-americanas", apontou o relatório.

O documento também apontava para tentativas do Irão, que é suspeito de um ciberataque à campanha de Donald Trump e tentativa de fazer o mesmo à campanha de Joe Biden e Kamala Harris.