Veja também:
- Perdeu o Debate da Rádio? Reveja aqui a discussão entre candidatos
- Sondagem das Sondagens
- "Cavaco Silva exigiu os acordos escritos em 2015 e bem": o que disseram os partidos sobre governabilidade
- A "derrota" da Pobreza e a nota negativa à Justiça. As frases que marcaram o Debate da Rádio
De manhã Luís Montenegro respondeu no Debate da Rádio “logo veremos”. Quatro horas depois, em Beja, anunciava a presença de Pedro Passos Coelho no comício de Faro, no Algarve.
Ao segundo dia, o antigo primeiro-ministro entrou na campanha a pressionar Luís Montenegro para uma vitória nas eleições legislativas de 10 de março.
“O resultado natural destas eleições é a vitória da AD. Reparem bem. É a coisa mais natural do mundo”, disse o antigo líder social-democrata.
Depois de neste domingo José Silvano, o braço direito de Rui Rio, ter dito que não se pode esperar outro resultado que não a vitória, esta segunda-feira foi a vez de Passos Coelho subir a fasquia.
O antigo primeiro-ministro não se limita a criticar os governos socialistas e diz que o resultado só pode ser este, porque do outro lado está o "vazio".
“O Partido Socialista tem um vazio imenso para oferecer ao país e tem fórmulas gastas que remetem para o passado e para a geringonça”, disse Passos Coelho.
O antigo primeiro-ministro ainda não digeriu a solução de Governo que António Costa encontrou para o retirar de São Bento em 2015. Sobre o "diabo" que ia aparecer no primeiro Orçamento do Estado da "Geringonça", Passos Coelho vira o jogo e fala no" papão, no monstro diabólico" que o PS usa nesta campanha para dizer que com esta AD vai tudo regressar ao passado.
Luís Montenegro agradeceu esta segunda-feira o "trabalho patriótico" que Passos Coelho fez no país, o ex-líder do PSD agradeceu o trabalho que Montenegro realizou no Parlamento como líder dos deputados e disse que vinha retribuir "solidariedade".
Depois desta noite, vai ser preciso esperar até dia 10 de março, porque só após a contagem dos votos vai ser possível aferir se esta "solidariedade" e troca de palavras doces entre os dois, Pedro Passos Coelho e Luís Montenegro, é mesmo para valer a sério.