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Os 852 colaboradores do Grupo Jerónimo Martins a trabalhar no centro de distribuição da Azambuja testaram negativo à Covid-19. Em comunicado enviado à Renascença, o grupo dono do Pingo Doce garante que “o resultado de todos os testes foi negativo”, depois de terem sido feitos testes em massa durante três dias.
A empresa nacional de retalho esclarece que dos 852 colaboradores testados, excluem-se “os que estão em teletrabalho e os de grupo de risco, que foram enviados para casa ainda antes de ser decretado o Estado de Emergência, mantendo a sua remuneração por inteiro”.
A empresa tomou a decisão de testar todos os trabalhadores do grupo depois de terem sido detetados casos de infeção por Covid-19 em outras empresas da cintura industrial da Azambuja, como a Sonae MC ou a Avipronto.
O Grupo Jerónimo Martins diz ainda que o plano de contingência implementado na empresa “está alinhado com as recomendações das autoridades de saúde nacionais e internacionais, é robusto e reduz fortemente o risco de propagação do vírus”.
De acordo com o plano de contingência, todos os trabalhadores e visitantes medem a temperatura corporal e, caso esteja acima do normal, não entram no edifício.
Também para evitar a concentração de trabalhadores que, na sua grande maioria, se deslocam em autocarros disponibilizados pela empresa, o Grupo Jerónimo Martins informa que “o número de autocarros foi reforçado de forma a garantir-se as distâncias de segurança entre os passageiros”. Os restantes trabalhadores deslocam-se em carro particular.
Já a Sonae MC da Azambuja vai testar mais 450 trabalhadores, confirma à Renascença a autarquia, depois de nesta quinta-feira ter subido para 70 o número de trabalhadores infetados, com 339 testes já realizados. Feitas as contas, num universo de 800 trabalhadores, ficarão por testar 11 colaboradores.
A primeira fábrica na Azambuja onde foi confirmado um surto do novo coronavírus foi a Avipronto, no início de maio, sendo que dos 200 trabalhadores, 129 testaram positivo à Covid-19.
De acordo com a SIC, a Procuradoria-Geral da República abriu um inquérito para investigar a empresa de produtos alimentares.
Em causa estão alegadas omissões que permitiram a propagação do vírus. A notícia surge depois da GNR ter apresentado uma queixa-crime no Ministério Público pela demora da administração da Avipronto em tomar medidas, depois do primeiro caso de contágio confirmado.