A Secretaria Estadual de Defesa Civil de Petrópolis elevou para, pelo menos, 136 o número de mortos na sequência das fortes chuvas que atingiram a cidade e decretou o estado de calamidade.
O balanço de mortos já aumentou várias vezes e ainda deverá ser atualizado já que o número de desaparecidos na localidade, de 300 mil habitantes, localizada 60 quilómetros da cidade do Rio de Janeiro, ainda não foi apurado pelo Corpo de Bombeiros.
Petrópolis, a cerca de 70 quilómetros da cidade do Rio de Janeiro, acumulou 259 milímetros de chuva em seis horas, na tarde e noite de terça-feira, de acordo com fontes da proteção civil, prevendo-se para mais precipitação para esta terça-feira, embora moderada.
Os 'media' locais estimam que mais vítimas devem ser localizadas ao longo do dia já que o trabalho das equipas de resgate nas áreas atingidas continua.
De acordo com a Defesa Civil, já foram registados 436 deslizamentos de terra desde a terça-feira passada, quando a cidade foi atingida pela maior tempestade registada desde 1932.
A imprensa brasileira adianta que mais de 850 pessoas estão a ser acolhidas em escolas do município. Foi já instalado um hospital de campanha para prestar apoio.
Depois de ter visitado as áreas mais afetadas, o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, anunciou o envio de mais máquinas para Petrópolis, de modo a intensificar os trabalhos de limpeza e buscas a sobreviventes.
O governo estadual destacou também que mais 600 homens foram contratados pelo município de de Petrópolis para atuarem em conjunto com os operadores de maquinaria cedidos pelo governo regional.
A autoridade regional estimou que, no total, 200 equipamentos estão nas ruas em operação de limpeza e resgate.
Num comunicado enviado pela Secretaria de Comunicação, o Governo brasileiro informou que o Presidente do país, Jair Bolsonaro, que terminou esta quinta-feira uma visita à Rússia e à Hungria, vai estar esta sexta-feira em Petrópolis.
Bolsonaro vai sobrevoar as áreas mais afetadas, visitará o centro de operações do Governo Federal, montado no 32.º Batalhão de Infantaria Leve de Montanha, e participará numa reunião com o prefeito de Petropolis, Rubens Bomtempo.
Esta não é a primeira vez que a região montanhosa do Rio de Janeiro foi atingida por fortes tempestades.
Em 2011 ocorreu a maior tragédia meteorológica alguma vez registada no Brasil, quando as tempestades provocaram mais de 900 mortos e uma centena de desaparecidos na região.
[Notícia atualizada às 23h57]