Clinton e Trump vencem “Super terça-feira"
02-03-2016 - 08:21

Ambos os candidatos alcançaram a vitória em sete estados norte-americanos. A “Super terça-feira” é o dia que mais se aproxima de uma eleição à escala nacional.

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Hillary Clinton e Donald Trump são os vencedores da “Super terça-feira”, o dia em que mais estados norte-americanos vão a votos, para eleger o candidato de cada partido à Presidência dos Estados Unidos.

Do lado democrata, a antiga primeira-dama ganhou em sete dos 11 estados disputados e numa região, tendo conseguido a maioria dos votos no Alabama, Arkansas, Geórgia, Massachusetts, Tennessee, Texas, Virgínia e na Samoa Americana.

O seu rival, o senador Bernie Sanders, conquistou os estados do Colorado, Minnesota, Oklahoma e Vermont.

Do lado republicano, Donald Trump foi o vencedor em, pelo menos, sete estados, tendo conseguido a maioria dos votos no Alabama, Geórgia, Massachusetts, Tennessee, Arkansas, Vermont e Virgínia, estando ainda a ser apurado o Alaska, o último estado desta “Super terça-feira”.

Falhou a vitória no Texas, onde se elegiam mais delegados e onde o vencedor foi Ted Cruz, que conquistou também Oklahoma.

Marco Rubio conseguiu uma vitória, em Minnesota.

Uma dúzia de estados e um território norte-americanos votaram na “Super terça-feira”, dia encarado como crucial para definir o destino dos aspirantes à candidatura presidencial republicana e democrata.

Chama-se "Super terça-feira" ("Super Tuesday", em inglês) devido ao grande número de estados que realiza eleições e, consequentemente, ao elevado número de delegados – os responsáveis pela nomeação oficial do candidato presidencial democrata e republicano durante as convenções nacionais dos partidos.

As eleições presidenciais norte-americanas estão agendadas para 8 de Novembro. Uma sondagem recente indica que Trump perderia contra qualquer dos adversários democratas: Bernie Sanders ou Hillary Clinton.

Uma América unida vs uma América grande

Quando as projecções apontavam para a sua vitória, Hillary Clinton discursou para apelar à união e, numa mensagem a Donald Trump, afirmou não ser necessário construir uma nova América, porque o país continua a ser grande.

“A América é forte quando todos somos fortes. Sabemos que temos trabalho pela frente, mas esse trabalho não é fazer, de novo, da América um grande país. A América nunca deixou de ser grande. É preciso tornar a América inteira, unida. É preciso preencher o que foi esvaziado”, defendeu.

A mensagem não ficou sem resposta. “Ela disse que quer tornar a América unida de novo. Eu estou a tentar perceber o que é que isso quer dizer. Tornar a América grande de novo vai ser muito melhor do que tornar a América inteira”, afirmou.

O multimilionário republicano questionou ainda o facto de Hillary Clinton falar de pobreza.

“Eu vi o discurso da Hillary e ela estava a falar de salários, a dizer que tudo é mau, tudo é pobre. Mas ela está lá há tanto tempo! Se ainda não melhorou as coisas, não é nos próximos quatro anos que vai fazê-lo. Tudo vai ficar cada vez pior”, avisou.