"Com todo o respeito, alguns dos países do leste da Europa não conseguiram extinguir alguns dos comportamentos que eram comuns nos regimes ditatoriais”, afirma Santana Lopes.
António Vitorino diz que a questão da corrupção “é recorrente na Roménia e que, desta vez, assistiu-se a uma inédita reacção da sociedade civil, de organizações que obrigaram o poder político a recuar e não aprovar um branqueamento de casos relacionados com políticos romenos”.
França: escândalos para quase todos
Em França, François Fillon está numa situação complicada, devido ao processo de emprego da mulher e dos filhos e estará a pagar o preço, ao estar abaixo de Macron das sondagens. Santana Lopes define Macron como um “falso” centro, ex-socialista, que pode ganhar votos à esquerda e à direita, com um passado empresarial e jovem, e que pode congregar os votos necessários numa segunda volta.
António Vitorino acha que os “escândalos que vão aparecendo estão a condicionar os resultados das eleições”. O ex-comissário acha que Fillon “não vai desistir da corrida, mesmo tendo dois terços dos seus potenciais eleitores a achar que devia desistir, até porque já não há tempo de encontrar um candidato republicano”.
As diferenças entre a mensagem de “regeneração” de Macron e de Le Pen foram, também, analisadas pelos dois comentadores do Fora da Caixa. As ideias de Le Pen anti-europeístas e anti-NATO podem ser perigosas se a candidata chegar ao Eliseu, por se tratar de mais um populista a chegar ao poder num dos países mais poderosos do mundo.