Mais de 80 mil pessoas candidataram-se a asilo na União Europeia (UE) em maio de 2023. Os números do Eurostat mostram um aumento de 27% face ao mesmo mês de 2022, enquanto as candidaturas subsequentes estão em queda face a maio de 2023.
De acordo com os dados mensais do Eurostat, publicados esta sexta-feira, o número de novos pedidos de asilo voltou a subir em maio, quando foram registados 80.375 pedidos. O valor tem oscilado desde janeiro de 2023, quando 84.750 pessoas pediram asilo.
Estes valores são cerca de metade dos máximos registados em setembro e outubro de 2015, quando mais de 160 mil pessoas pediram asilo em cada mês pela primeira vez.
Entre os pedidos de asilo estão mais de três mil menores não acompanhados, maioritariamente do Afeganistão e da Síria.
Ao todo, 12.110 pessoas de nacionalidade síria pediram asilo, compondo o maior grupo de novos requerentes de asilo. A seguir estão os afegãos, com 7.210 pedidos, à frente dos venezuelanos, com 7.015 pedidos, e dos colombianos, com 6.745 pedidos.
O número de pedidos de asilos de ucranianos tem reduzido de forma gradual desde março de 2022, quando mais de 12 mil submeteram pedidos nos países de chegada. Em maio, apenas 945 ucranianos pediram asilo, um número superado pelos 1.435 russos que submeteram pedidos em países da UE.
Os mais de quatro milhões de ucranianos que abandonaram o país têm direito a proteção temporária.
Portugal é dos países que recebe menos pedidos
Com 175 pedidos de asilo registados em maio de 2023, Portugal continua a ser dos países da UE que menos refugiados recebe. O número de pedidos de asilo não ultrapassa os 200 desde dezembro de 2022, e nunca ultrapassou as três centenas desde 2008, ano em que começa a medição destes dados.
Do outro lado do espetro, a Alemanha continua a ser o país onde mais pedidos de asilo são submetidos. Em maio, mais de 23 mil pessoas pediram asilo naquele país, contrastando com mais de 17 mil pedidos na Espanha, mais de 11 mil pedidos na Itália e mais de 10 mil na França.
Em conjunto, os pedidos nestes quatro países representam 78% de todos os pedidos submetidos na UE.
A maior taxa de pedidos de asilo relativamente à população pertence ao Chipre, com mais de mil candidatos por cada milhão de habitantes. Em contraste, a taxa mais baixa pertence à Hungria, onde há apenas 0,2 pedidos por cada milhão de habitantes.