Um novo estudo promovido pela Amnistia Internacional revela que 23% das mulheres já foram assediadas ou vítimas de abuso online ou nas redes sociais. 41% delas afirmam que, pelo menos uma vez, se sentiram ameaçadas.
Os números resultam de uma sondagem internacional realizada em oito países: Dinamarca, Espanha, Estados Unidos, Itália, Nova Zelândia, Polónia, Reino Unido e Suécia.
No total, foram inquiridas 4.000 mulheres entre os 18 e os 55 anos, das quais 911 declararam ter sido visadas com abusos ou assédio online e 688 afirmaram ter passado por tal experiência em redes sociais.
Stress, ataques de pânico, ansiedade e baixa auto-estima são algumas das consequências descritas pelas vítimas, sendo que 76% das mulheres afirmam ter mudado a forma como utilizam as redes sociais.
As conclusões são “alarmantes”, afirma a Amnistia Internacional.
“A internet pode ser um lugar tóxico e medonho para as mulheres. Toda a gente sabe que a misoginia e os abusos estão a crescer nas redes sociais, mas esta sondagem mostra o quão prejudiciais podem ser as consequências das mulheres visadas”, escreve a organização de direitos humanos no comunicado de imprensa.