O Papa condenou este domingo as estruturas mafiosas que se aproveitam da pandemia para enriquecer com a corrupção.
No final do Angelus, Francisco associou-se ao Dia da Memória e Defesa das Vítimas Inocentes da Máfia, que hoje se assinala em Itália.
"As máfias estão presentes em várias partes do mundo e, explorando a pandemia, estão a enriquecer com a corrupção. São João Paulo II denunciou a sua cultura de morte e Bento XVI condenou-a como estrada de morte”, disse Francisco.
“Estas estruturas de pecado, estruturas mafiosas, contrárias ao Evangelho de Cristo, trocam a fé pela idolatria. Hoje recordamos todas as vitimas e renovamos o nosso empenho contra as máfias.”
A propósito do Dia Mundial da Água que se assinala na segunda-feira, o Papa também lembrou que “a água não é uma mercadoria mas sim um sinal de vida e saúde”, reafirmando que é urgente o acesso de todos à água potável.
Nas reflexões que fez sobre o Evangelho deste domingo, o Santo Padre sublinhou a importância do crucifixo como sinal distintivo do cristão.
“Nas igrejas, nas casas dos cristãos, até mesmo usado no corpo, o importante é que o sinal seja coerente com o Evangelho: a cruz só pode exprimir o amor, o serviço, o dom de si sem reservas: só assim é verdadeiramente a 'árvore da vida', da vida superabundante."
Mas usar só o crucifixo não basta, é preciso que o testemunho seja credível, alerta o Papa: “Trata-se de semear o amor não com palavras que voam e passam, mas com exemplos concretos, simples e corajosos. Então o Senhor, com sua graça, faz-nos dar fruto, mesmo quando o solo é árido por causa de incompreensões, dificuldades ou perseguições.”