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Manuela Eanes reforça o apelo à realização de um referendo sobre a despenalização da eutanásia e considera que o processo não está fechado com a aprovação dos cinco projetos no Parlamento.
“Eu sou uma mulher de fé, otimista e acho que não se deve desistir das causas importantes”, começa por afirmar a antiga primeira dama, em declarações à Renascença.
Depois da aprovação da eutanásia, esta quinta-feira, no Parlamento, Manuela Eanes diz que é altura de “serenar”, fazer uma “reflecção profunda e séria”, para depois se avançar para uma consulta popular.
“Acho que agora devemos serenar. O próximo passo penso que é o referendo, mas não é um referendo qualquer. Tem que haver uma ampla discussão, uma boa informação e não é de um dia para o outro”, defende.
Questionado se aprovação dos cinco projetos pelos deputados é o passo final, Manuela Eanes responde: “nem pensar, de maneira nenhuma”.
O Parlamento deu esta quinta-feira o primeiro passo a favor da legalização da eutanásia ao aprovar por maioria os projetos de lei do Bloco de Esquerda, do PEV, do PS, do PAN e da Iniciativa Liberal nesse sentido.
As cinco propostas foram votadas em simultâneo, com cada deputado a levantar-se, por ordem alfabética, e a dizer como é que votava para todos.
Todas as propostas conseguiram mais do que os 111 votos necessários para serem aprovados, num dia em que estiveram na Assembleia da República 222 deputados.