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A Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) emitiu esta segunda-feira uma nota de “homenagem” ao antigo presidente da República Mário Soares, falecido este sábado, pelo seu papel na vida democrática do país.
“Queremos exprimir uma homenagem agradecida a quem, ao longo de uma vida de 92 anos, muito ajudou a implementar a democracia e os seus valores no nosso país”, refere o documento.
O texto cita as declarações do presidente da CEP, D. Manuel Clemente, à Ecclesia, nas quais o cardeal-patriarca sublinhava o “contributo notável e irrecusável no estabelecimento da democracia em Portugal” de Mário Soares.
A nota da CEP sublinha ainda a “dedicação” do antigo chefe de Estado como presidente da Comissão da Liberdade Religiosa, “instituída para a defesa da liberdade de consciência, de religião e de culto de todos os cidadãos”.
“Nessas funções, defendeu os princípios de liberdade, igualdade, cooperação, respeito e tolerância entre todas as religiões legalmente reconhecidas no nosso país, consciente de que, no seu dizer, ‘as religiões são instrumentos de paz, de civilização e de diálogo entre os povos’”, acrescenta o comunicado.
Mário Soares morreu este sábado no Hospital da Cruz Vermelha, em Lisboa, onde desde o último dia 13 de Dezembro.
Soares tomou posse como primeiro-ministro do I Governo Constitucional a 23 de Julho de 1976, cargo que viria a ocupar também no II e IX governos constitucionais. Foi Presidente da República durante dois mandatos, entre 1986 e 1996.
Em 2007, Mário Soares foi indicado para presidir à Comissão da Liberdade Religiosa, criada pela Lei 16/2001, cargo no qual seria reconduzido em 2011.
Como Presidente da República, Soares recebeu João Paulo II na viagem que o Papa polaco fez a Portugal, em 1991; antes, em 1990, realizou uma visita oficial ao Vaticano.
O Governo decretou três dias de luto nacional, a partir de segunda-feira, pela morte do antigo chefe de Estado.
O corpo de Mário Soares vai estar em câmara ardente no Mosteiro dos Jerónimos, a partir das 13h00 de segunda-feira, e o funeral realiza-se a partir das 15h30 de terça-feira no Cemitério dos Prazeres, em Lisboa.