As vendas das bebidas mais açucaradas caíram 25% após a introdução do imposto sobre os refrigerantes, em Janeiro.
Em meio ano, o Estado arrecadou 46, 7 milhões de euros com a nova taxa, escreve o “Jornal de Notícias”.
“Em Fevereiro, as bebidas mais açucaradas representavam 45% do total das vendas e as menos 55%; em Julho, as mais açucaradas representavam 27% face a 73% das menos açucaradas. Em seis meses, houve uma transferência grande do consumo, o que é muito positivo”, diz o secretário Adjunto e da Saúde, Fernando Araújo.
O Ministério da Saúde está satisfeito com os resultados, mas quer ir mais longe: alargar a proibição de venda de alimentos com alto teor de sal, gordura e açúcar, que já acontece nas máquinas de “vending” dos hospitais e centros de saúde, às escolas, universidades e autarquias.
Escreve o jornal que também vão ser
criados novos limites para estimular a indústria a reduzir cada vez mais o açúcar
nas bebidas e estão a ser negociadas alterações com os restaurantes que permitem
voltar a encher os copos das bebidas gratuitamente.
Desde o início do ano, cada garrafa de refrigerante com um teor de açúcar até 80 gramas por litro está mais cara.
Mas o "sal é a próxima grande batalha". O mesmo responsável adianta que tal passa por negociar com a indústria do pão, convencer a restauração a cortar o sal nas sopas, tirar os saleiros das mesas, formar cozinheiros nas escolas.
“O mais importante é conseguir acordos com os parceiros. Mas se for necessário estamos disponíveis para encarar a via legal para que se consigam resultados depressa”, diz Fernando Araújo, lembrando que devíamos ingerir no máximo cinco gramas por dia e consumimos cerca de 11 - mais do dobro.