Ucrânia. Macron quer que autoridades russas respondam por crimes em Bucha
03-04-2022 - 16:20
 • Lusa

Presidente francês fala em imagens insustentáveis e diz que as autoridades russas "devem responder por estes crimes".

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O Presidente francês, Emmanuel Macron, denunciou hoje as imagens insustentáveis provenientes da cidade ucraniana de Bucha, onde foram encontrados centenas de cadáveres, e defendeu que as autoridades russas "devem responder por estes crimes".

"As imagens que nos chegam de Bucha, cidade nos arredores de Kiev que foi libertada, são insustentáveis", escreveu o Presidente francês no twitter.

Macron referiu, concretamente, as "centenas de civis encontrados nas ruas, assassinados".

A ministra britânica dos negócios Estrangeiros, Liz Truss, também denunciou hoje os "atos revoltantes" cometidos pelo exército russo contra civis na Ucrânia, nomeadamente em Bucha, na região de Kiev, e exigiu a realização de um "inquérito por crimes de guerra". .

Liz Truss assegurou que o Reino Unido defenderá a realização de um inquérito pelo Tribunal Penal Internacional e apelou de novo ao reforço das sanções contra a Rússia.

A agência France Press disse ter visto no sábado pelo menos 20 corpos de homens vestidos à civil numa rua de Bucha e que um deles tinha as mãos atadas.

A ministra ucraniana dos Negócios Estrangeiros, Dmytro Kouleba, denunciou hoje "um massacre deliberado".

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.325 civis, incluindo 120 crianças, e feriu 2.017, entre os quais 168 menores, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.

A guerra provocou a fuga de mais de 10 milhões de pessoas, incluindo mais de 4,1 milhões de refugiados em países vizinhos e cerca de 6,5 milhões de deslocados internos.

A ONU estima que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.