O Papa condenou “fundamentalismos e o terrorismo dos seguidores de alguma religião que profanam o nome de Deus”. Francisco deixou esta mensagem no Coliseu de Roma, onde esta sexta-feira à noite participou na Via Sacra.
Sem nomear directamente os mais recentes atentados, Francisco reiterou a clara condenação do terrorismo. Na sua intervenção, o Papa comparou a cruz de Cristo ao sofrimento dos que são assassinados e vítimas destes actos.
Francisco aludiu ainda aos “vendedores de armas que alimentam a fornalha das guerras com o sangue inocente dos irmãos” e aos “idosos abandonados pelos seus familiares, nas pessoas com deficiência e nas crianças desnutridas e descartadas pela nossa sociedade egoísta e hipócrita”.
Antes da intervenção do Papa, ouviram-se as meditações da Via Sacra, este ano escritas pelo cardeal italiano Gualtiero Bassetti, arcebispo de Perugia (no centro de Itália).
Migrantes rejeitados, crianças vítimas de abuso sexual, idosos abandonados e maltratados, escravidão, abuso e exclusão de todos os tipos foram denunciados na presença do Papa Francisco, de 79 anos, sentado num trono vermelho, ao lado de uma grande cruz de metal, iluminada com tochas.
Dois sírios, um russo, um chinês e um centro-africano foram escolhidos para transportar uma cruz de madeira, pela histórica arena, onde se crê que morreram milhares de cristãos, durante o império romano.
Dezenas de milhares de pessoas marcaram presença, no Coliseu de Roma, depois de terem passado por fortes controlos de segurança.