A Comissão Europeia apelou esta semana aos Estados-membros para que tomem "as medidas necessárias, sem mais demoras" e autorizem a adesão plena da Bulgária, Roménia e Croácia ao Espaço Schengen, a maior área de livre circulação do mundo.
O executivo comunitário fez um balanço dos "bons resultados" obtidos pelos três países rumo ao Espaço Schengen e à aplicação das suas normas - como a gestão eficaz das fronteiras externas da UE e o reforço dos mecanismos de cooperação policial.
Apesar de os três Estados-membros da UE já estarem parcialmente vinculados às normas do Espaço Schengen, os controlos nas fronteiras internas ainda não tinham sido suprimidos. Bruxelas defende que um Espaço Schengen alargado tornará a Europa mais segura, elimina o tempo perdido nas fronteiras e favorece o crescimento económico.
O Espaço Schengen é atualmente o maior espaço de livre circulação do mundo. Integra 22 Estados-membros da UE (entre os quais Portugal) e mais quatro países associados (Noruega, Islândia, Suíça e Listenstaine).
Cerca de 3,5 milhões de pessoas cruzam diariamente fronteiras dentro deste espaço para trabalhar, estudar ou fazer turismo e um terço da população da UE vive em zonas fronteiriças, sublinhou a comissária dos Assuntos Internos, Ylva Johansson, em conferência de imprensa. No total, 420 milhões de pessoas podem assim beneficiar de Schengen.
Os países que pretendem aderir a esta área são sujeitos a avaliações para garantir que cumprem as condições necessárias para aplicar as suas normas. Quando um país se encontra nessas condições, é necessária a aprovação por unanimidade de todos os outros membros do espaço. O assunto será discutido e votado pelos 27 em dezembro.