O Presidente da Comunidade Intermunicipal do Algarve desmente o alerta da associação ambientalista Zero sobre o agravamento da qualidade da água nas praias durante a época balnear.
Francisco Ferreira, Presidente da Zero, disse à Renascença que os municípios deviam esforçar-se mais por gerir e operar melhor os equipamentos de tratamento das águas residuais, como forma de auxiliar à mitigação do agravamento do número de praias interditas devido à má qualidade da água.
António Pina, que é também presidente da Câmara Municipal de Olhão, discorda e explica que os problemas no Algarve são pontuais, nada tendo a ver com a rede de esgotos. António Pina acusa Francisco Ferreira de não saber o que está a dizer.
"É particularmente infundado porque ninguém sabe exatamente a origem. Hoje são situações pontuais, o que nos leva a crer que resultam de despejos ilegais na rede de pluviais e não na rede de esgotos. Porque aquilo que chega às nossas praias não são as águas dos esgotos - dito isto de uma forma mais simples para os nossos ouvintes entenderem -, o que chega são os pluviais. E isto é de quem não sabe o que está a dizer porque o problema vem dos pluviais, nem sequer é da rede de águas residuais", critica, em declarações à Renascença.
António Pina lamenta ainda o que considera ser uma certa dramatização por parte da Associação Zero, acrescentando que todas as praias do Algarve estão abertas e a água cumpre os parâmetros de qualidade.
"No Algarve, todas as bandeiras estão levantadas, as que existiam. Quando uma associação ambientalista como essa, que tem credibilidade e a responsabilidade no nosso país, dá a entender que há sete praias que estão interditas, não [há]! Houve sete episódios, no país, a mais. Episódios que duram 12 a 24 horas", remata.