Questionada sobre se teme ser despedida na sequência do processo de Alexandra Reis, Christine Ourmières-Widener, presidente da TAP, disse esta quinta-feira que não pode "dar uma perspetiva pessoal" sobre o caso a ser investigado pela Inspeção-Geral de Finanças.
A CEO da TAP diz que o processo a envolver a ex-secretária de Estado do Tesouro e ex-administradora da companhia aérea "é muito sério" e argumenta que a empresa tem sido "muito diligente a dar todas as respostas e documentos pedidos" no âmbito das investigações à indemnização de meio milhão de euros que Alexandra Reis recebeu aquando da saída da TAP.
Agora, adianta Ourmières-Widener, resta esperar pelo relatório final. Sobre as considerações do Presidente da República de que as conclusões do relatório devem surtir consequências, diz que irá honrar as consequências.
"Qualquer relatório final deve trazer conclusões, é absolutamente expectável, mas esperemos pelo relatório final e estou segura de que as consequências certas serão aplicadas."
Questionada sobre a comissão de inquérito parlamentar à TAP, a CEO da companhia aérea diz que está disponível para cumprir o seu "dever".
"Vamos seguir o nosso dever e iremos obviamente respeitar todo o processo, não escondemos nada, não é um problema para nós. Somos uma empresa que é nacional, temos o dever de cumprimento e o dever da transparência e governação e iremos fornecer todos os documentos necessários e toda a informação requerida, como sempre temos feito desde que assumi o cargo [de CEO] em várias auditorias."
Em declarações na BTL - Bolsa de Turismo de Lisboa, à margem de uma apresentação sobre os novos produtos e serviços da TAP, Christine Ourmières adiantou que "ainda estão em curso auditorias para compreender em maior detalhe algumas informações e forneceremos as informações que forem necessárias" à comissão parlamentar de inquérito.
Na apresentação desta tarde, a TAP reafirmou algumas rotas, nomeadamente entre Porto e Luanda, e anunciou o reforço das ligações aos EUA e ao Brasil, assim como das ligações para o Algarve, Açores e Madeira.