"O povo diz que quem semeia ventos colhe tempestades, eu diria que quem semeia ilusões, colhe greves. Estas greves são o resultado de quem vendeu uma realidade que é virtual e não corresponde ao que o país é capaz de dar", acusou, numa intervenção antes do jantar de Natal do grupo parlamentar do PSD, na Assembleia da República.
Rui Rio diz que não acrescenta um centímetro à verdade dos factos para fazer política e, por isso, sem exageros prefere recorrer a ditados populares para explicar que o Governo pode não mentir, mas seguramente engana os portugueses.
“Vamos ouvindo aí que o Governo mente. Eu acho que o Governo engana, vende gato por lebre. Acho que é um bocado mais esta caraterística que se pode dar ao discurso político do Governo”, acusou durante uma intervenção antes do jantar de Natal do grupo parlamentar do PSD, na Assembleia da República.
O resultado dessa política de enganos está à vista, sublinha, é um surto de greves, nas palavras do líder do PSD.
“O povo diz que quem semeia ventos colhe tempestades. Eu diria que quem semeia ilusões colhe greves, porque estas greves são o resultado de quem vendeu uma realidade que é virtual e não corresponde, exatamente, àquilo que o país está capaz de dar em termos das expetativas de quem governou desta maneira”, declarou Rui Rio.
Os exemplos são vários: desde a prometida descida na sobretaxa dos combustíveis, que afinal é só para a gasolina, à contagem do tempo congelado aos professores ou ao Infarmed que não vai para o Porto.
No final de um discurso de cerca de 40 minutos, Rui Rio recorreu a uma quadra de António Aleixo, para resumir: “’para a mentir ser segura e atingir profundidade tem de trazer à mistura qualquer coisa de verdade’. E isto é que é a base da política de comunicação do Partido Socialista”
E é por tudo isso e muito mais que o país precisa de um Governo que não engane os portugueses, defende.
Rui Rio conclui que só o PSD pode ser alternativa ao actual Governo. Neste regresso ao Parlamento, até lembrou outro jantar, há 17 anos, quando o PSD teve uma vitória estrondosa nas autárquicas de 2001.
Para 2019, Rui Rio pede vitórias que até podem não ser estrondosas, que "sejam vitórias reais".