O presidente da Agência Brasileira do Turismo (Embratur) defende que o Brasil pode ser uma solução para a sustentabilidade da TAP.
De passagem por Lisboa, Marcelo Freixo admite à Renascença que a companhia aérea pode ser uma alavanca essencial para tentar chegar em breve ao recorde de turistas portugueses no Brasil, fixado em 350 mil cidadãos nacionais.
"No ano passado nós tivemos 175 mil já no processo de recuperação pós-pandemia. A gente quer avançar, quer voltar aos 350 mil. As relações são muito profundas entre Brasil e Portugal. Então a gente quer continuar mandando muitos brasileiros para cá, mas quer que o avião volte com portugueses."
Contudo, o presidente da Embratur frisa aquilo que considera um "grande inibidor" do turismo português no Brasil: o preço dos bilhetes, que têm encarecido e acabam por afastar as pessoas para a procura destinos alternativos.
Ainda assim, Marcelo Freixo não deixa de reforçar que "o Brasil pode ser uma solução para a TAP" - "e não a TAP um problema para o Brasil". "A TAP hoje tem voos regulares, a gente tem bastantes voos de Portugal para o Brasil. Acho que o fluxo de turistas que pode vir de Portugal para o Brasil e do Brasil para Portugal é uma solução para TAP e não o contrário."
Nesse sentido, a Embratur pretende voltar a abrir escritórios em Lisboa, ponto que consideram ser o 'hub' preferencial dos fluxos turísticos entre o Brasil e a Europa. "É bom, porque é isso que tem ajudado a gente a recuperar da pandemia. Não é irrelevante, é importante que seja aqui", realça.
O presidente da Agência Brasileira do Turismo acredita ainda que o número de portugueses a fazer turismo no Brasil este ano vai ser superior ao de 2022, podendo chegar aos 200 mil turistas lusos.