Oito pessoas foram retiradas, esta segunda-feira, de suas casas no concelho de Oleiros devido ao incêndio que lavra no município e que teve início no domingo em Proença-a-Nova, disse à agência Lusa o presidente da câmara.
Fernando Jorge Marques adiantou que as pessoas foram retiradas na tarde de hoje das localidades de Pisureira e Rouco devido à ameaça das chamas.
Segundo o autarca de Oleiros, as restantes aldeias deste concelho do distrito de Castelo Branco "estão, de uma maneira geral, defendidas", embora toda a encosta virada para o rio Zêzere continue "muito problemática".
O presidente do município salientou ainda que a zona industrial do concelho escapou incólume às chamas, que estiveram a "10 metros", elogiando o trabalho dos operacionais no terreno e das máquinas de rasto.
Fernando Jorge Marques disse também que se registaram reacendimentos "muito fortes" em Sarnadas de São Simão e Isna, mas que devido às falhas de comunicação não consegue saber o ponto da situação.
Mais de 50% do incêndio dominado
O fogo que deflagrou em Proença-a-Nova no domingo alastrou aos concelhos de Castelo Branco e Oleiros, sendo neste último município que as atenções da Proteção Civil estão mais focadas.
Segundo o comandante Luís Belo Costa, da Autoridade Nacional de Proteção Civil, mais de 50% do incêndio está dominado. Os trabalhos para combater as chamas estão a evoluir de forma favorável.
"Estamos a conseguir resolver este incêndio e esperamos que durante a noite consigamos resultados melhores ainda”, afirmou o comandante Belo Costa, em conferência de imprensa.
A combater as chamas estão mais de mil operacionais. Ao longo do dia chegaram a estar 16 meios aéreos a operar.
O comandante Belo Costa fala num incêndio vertiginoso, que tem evoluído a mais de 500 hectares por hora.
"É um incêndio que tem cerca de 60 quilómetros de perímetro, cerca de 15 mil hectares. Tem em média mais de 500 hectares de área ardida por hora, algo vertiginoso”, afirmou o comandante, no ponto da situação do incêndio de Proença a Nova - aquele que mais preocupações traz, nesta altura, às autoridades.
De acordo com a página da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, às 18:40 o fogo estava a ser combatido por 1.055 elementos, apoiados por 342 viaturas e 14 meios aéreos.