Em relação ao processo de Rui Pinto, colaborador do Football Leaks, que está detido em Lisboa a aguardar o desenrolar do processo Doyen/Sporting, o autarca socialista é contra o “justicialismo mediático” e defende que quem comete crimes deve ser condenado.
“Posiciono-me do lado de quem defende o Estado de direito, quem comete crimes deve ser punido por isso e quem está sob suspeita de crime deve ser investigado. Depois, no decorrer da investigação e no julgamento, se aí se chegar, será avaliada a sua culpabilidade ou não. Rui Pinto está nessas circunstâncias de ser indiciado por ter cometido crimes e deve ser julgado por isso, se se chegar a essa fase, e nada serve para menorizar”, defende Fernando Medina.
“Sou o mais possível contra esta ideia de um certo justicialismo, que é: ‘vamos lá descontar coisas que possam ter acontecido a crédito de outras que se possam apanhar por esta via’. Não nos cabe a nós através da comunicação social fazer a justiça e aceitarmos a prática de um certo judicialismo mediático”, sublinha.
Fernando Medina considera que se, ao longo da investigação forem encontrados indícios que levem a abertura de “processos autónomos sobre outras matérias, sejam de natureza fiscal ou de qualquer outro tipo, atinja quem atingir, isso é positivo e a justiça tem obrigação de o fazer”.
“Agora, não confundo isso com a tentativa que existe de certos setores de desvalorizar o crime cometido por alguns, porque terá aqui um papel de denunciante em relação a outros crimes mais graves. Não é assim que um Estado de direito deve funcionar”, afirma o presidente da Câmara de Lisboa.
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