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A retoma das competições de futebol profissional em Portugal será decidida "nos próximos dias", garante o presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), Fernando Gomes, após uma reunião com o primeiro-ministro.
À saída do encontro com António Costa e os presidentes da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), Pedro Proença, bem como os presidentes de FC Porto, Benfica e Sporting, Gomes garantiu que a decisão será analisada "entre técnicos da FPF, com a Liga e as autoridades de saúde".
A postura final poderá ser anunciada na quinta-feira, avançou, pelo primeiro-ministro, quando este revelar ao país "um conjunto de medidas para diminuir o confinamento", mas apenas "se os trabalhos com a Direção-Geral da Saúde" conduzirem os técnicos de saúde, liderados por Adalberto Campos Fernandes, a uma "posição definitiva".
A possibilidade de usar menos estádios, e fazê-lo numa localização geográfica mais confinada, "enquadra-se na avaliação do risco", explicou Fernando Gomes em São Bento, e na tentativa de aferir "a prudência da retoma".
António Costa reagiu à reunião no Twitter, dizendo que por mais vontade que exista de voltar a vibrar com o futebol profissional, não vale a pena tomar decisões precipitadas.
"Impacto económico relevante"
Falando depois do encontro, o secretário de Estado do Desporto reconheceu o impacto económico do futebol em Portugal, mas admitiuque a prioridade é a saúde pública.
"Está para haver alguma atividade física, alguma prática desportiva. Em relação à competição profissional e a terminar esta época, há uma análise em curso que envolve as autoridades de saúde e especialistas que a Federação Portuguesa de Futebol [FPF] e a Liga de clubes [LPFP] envolveram neste processo", disse João Paulo Rebelo.
João Paulo Rebelo reservou informações mais concretas sobre a eventual retoma dos campeonatos profissionais de futebol para quinta-feira, quando se realizar o próximo Conselho de Ministros, no qual serão anunciadas "uma série de medidas do levantamento de restrições no país", pelo que "o desporto não podia ser deixado para trás".
"A primeira preocupação é a saúde pública, mas o Governo também compreende que nesta modalidade em particular há um impacto económico muito relevante para a indústria. Se não podemos deixar colapsar a indústria de uma forma geral, a indústria do futebol também não deve ficar à margem desta preocupação para que não haja esse colapso", disse o secretário de Estado.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de Covid-19 já provocou cerca de 212 mil mortos e infetou mais de três milhões de pessoas em 193 países e territórios. Mais de 832 mil doentes foram considerados curados.
Em Portugal, morreram 948 pessoas das 24.322 confirmadas como infetadas, e há 1.389 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.
[Notícia atualizada às 22h48]