A diretora da CIA vai esta terça-feira ao Congresso americano apresentar as conclusões da investigação feita pela agência sobre o assassinato do ativista saudita Jamal Khashoggi.
A principal questão prende-se com o conhecimento que o príncipe herdeiro saudita, Mohammed bin Salman, teria sobre o plano para matar Khashoggi, que era um conhecido opositor do regime daquele país.
A CIA terá, segundo a BBC, provas de que o príncipe, que é o líder de facto do reino saudita, trocou mensagens com Saud al-Qahtani, que alegadamente supervisionou o homicídio. A diretora da agência, Gina Haspel, deve dizer aos membros do Congresso que a agência está convencida de que o príncipe “provavelmente deu” a ordem para o assassinato.
Khashoggi foi assassinado quando se dirigiu ao consulado saudita na Turquia, no dia 2 de outubro, com o objetivo de tratar de documentação necessária para poder casar. Desde então nunca mais foi visto em público. As autoridades sauditas começaram por negar qualquer conhecimento do assunto, depois reconheceram que ele tinha sido morto por acidente, mas ao longo das semanas que passaram têm surgido cada vez mais provas de que o assassinato foi orquestrado.
Até agora os principais líderes da administração americana, incluindo o Presidente Donald Trump, têm dito que não há provas concretas do envolvimento do príncipe, cujo Governo é um importante aliado de Washington. No passado dia 20 de novembro Trump disse que “é bem possível que o príncipe herdeiro soubesse deste evento trágico – talvez sim, talvez não”. O secretário de Estado Mike Pompeo e o secretário da Defesa, James Mattis disseram no Senado que não existem provas deste envolvimento.