Não é uma solução acessível, mas já foi devidamente estudada pela EDP. Ângelo Sarmento, administrador da EDP Distribuição assegura que está “tudo muito bem calculado”. E que “assim as entidades que regulam setor entendam necessário oportuno” é possível avançar neste assunto.
Contudo, Ângelo Sarmento lembra que não basta abrir um buraco e enterrar cabos. “Há questões de regulamentação, há questões de licenciamentos, há questões de servidões, de ocupação de espaços públicos, há questões de concessões rodoviárias e das Infraestruturas elétricas e tudo está aqui em jogo, e tem de ser devidamente ponderado e pensado. E em última instância é o poder político quem decide.”
A ser tomada uma decisão deste género, as obras levariam 40 anos a concretizar. A tarefa é gigantesca, sublinha Ângelo Sarmento. "Só nas redes de média e de alta tensão estamos a falar em cerca de 140 mil quilómetros de linhas. Se falamos nas linhas de baixa tensão é um bocado mais, cerca de 220 mil quilómetros, e por isso, posso dizer que nos próximos 40 anos andaremos a investir qualquer coisa como 350 milhões de euros, por ano.”
Contas feitas, o custo seria de 14 mil milhões no total. O equivalente a 15 pontes Vasco da Gama aos valores de 1998. E a fatura seria paga pelo cliente habitual. O cliente EDP.