O primeiro-ministro britânico defendeu esta quinta-feira que a Grã-Bretanha deve juntar-se aos ataques aéreos contra o auto-proclamado Estado Islâmico na Síria. Para David Cameron, chega a ser uma questão “moral”.
Cameron avisa que a decisão tem de ser tomada agora e que o país não pode subcontratar a sua segurança aos aliados. “Não podemos ficar quietos. Se acreditamos que a acção pode ajudar a proteger-nos, então temos de estar ao lado dos nossos aliados e agir. Não podemos ficar de fora dessa aliança”, declarou o primeiro-ministro britânico no parlamento de Londres.
“Partindo deste ponto moral, vem uma questão fundamental. Se não agirmos agora, quando a França foi atacada desta forma, então os nossos aliados podem legitimamente questionar: Se não agem agora, então quando?”, escreveu David Cameron numa declaração aos deputados.
O primeiro-ministro britânico já tinha anunciado esta semana que ia defender, perante o parlamento, o início da participação do Reino Unido nos bombardeamentos na Síria.
Em 2013, o parlamento britânico negou ao primeiro-ministro autorização para atacar o regime sírio do presidente Bashar al-Assad e desde Setembro de 2014 que Londres se tem limitado a colaborar com os bombardeamentos internacionais contra o EI no Iraque.
"Explicarei [na câmara] que a nossa acção deve estar integrada numa ampla estratégia e de longo prazo para derrotar o Estado Islâmico, em paralelo com os esforços internacionais para pôr termo à guerra na Síria", afirmou Cameron.
O chefe do executivo britânico compareceu na segunda-feira perante a Câmara dos Comuns para apresentar um plano que prevê um aumento em 12 mil milhões de libras (17.040 milhões de euros) no orçamento militar do Reino Unido para a próxima década.